segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Filmes de 2010

2010 foi o primeiro da minha vida em que me propus a anotar TODOS os filmes e livros que assistisse/lesse. Foi necessária muita disciplina para conseguir, já que minha memória é péssima, ou seja, se não anotasse logo, me esqueceria e daí puFF!
Sempre tive a curiosidade de saber quantos filmes, em média, eu costumava ver por ano, mas não sei se em 2010 eu vi mais ou menos do que nos outros anos e, para ser bem sincera, nunca vou saber, porque esse lance de ficar anotando as coisas que já passaram não é pra mim. Sei lá, acho que não tenho a paciência necessária pra colocar tudo no papel, todos os dias, mesmo que tenha sido uma coisa bem interessante de ser feita.
Mas, indo logo ao que interessa... Meu 2010 foi assim:
JANEIRO:
- 1 no cinema
- 7 em DVD
- 7 na TV
Comentários: Assistir a Avatar 3D no cinema foi uma experiência visual incrível... Eu ainda me fascino e me emociono toda vez que vejo filmes em 3D, ADORO!
Dentre os em DVD, eu destacaria Uma Prova de Amor (chorei tanto que achei que fosse desaparecer!), porque é lindo, triste, profundo e doce, apesar de tudo. Sempre ao Seu Lado também me fez chorar quase até passar mal, história triste e linda e inesquecível. E, para não acharem que eu só gosto de tragédias, o final de 500 Dias com Ela foi surpreendente, e eu gosto de coisas que saem do comum. A trilha sonora do filme é bem bacana ;)
Já em relação aos que vi pela TV, vou destacar O Vôo da Coruja porque é um daqueles filmes dos quais a gente nunca ouviu falar, começa a assistir meio sem querer e, depois que acaba, a gente pensa: "porra, por que esse filme não é famoso?" Tem a fofa da Julia Stiles no elenco e o final me deixou refletindo por muito tempo...
FEVEREIRO:
- 2 no cinema
- 2 em DVD
- 5 na TV
- 1 no PC
Comentários: Invictus é ótimo, né? Morgan Freeman, pra mim, é um dos melhores atores de todos os tempos, sem dúvida.
Em DVD, me aventurei com Bastardos Inglórios e, podem me xingar, mas achei bizarro, e não no bom sentido. Não tem jeito, coisas muito doidas e violentas e sarcásticas não combinam comigo...
Na TV, só posso dizer que, pela milésima vez, cantei com Mamma Mia, como se ainda fosse a primeira vez. Amo amo amo!
MARÇO:
- 4 no cinema
- 1 em DVD
- 3 na TV
- 1 no PC
Comentários: Março foi O MÊS dos filmes bons. O que dizer sobre Um Olhar no Paraíso? Ousaria acreditar que foi um dos melhores filmes que já vi. Atuações impecáveis, enredo ótimo, e as imagens? O que é a beleza daquelas imagens? Perfeito e ponto final.
Teve ainda A Ilha do Medo e Entre Irmãos, um surpreendente, o outro profundo. Natalie Portman é uma diva mesmo.
Ah! Não posso deixar de citar O Leitor, porque, além de maravilhoso, é um dos filmes baseados em livro mais fiéis à obra original, e eu gosto disso!. Sem contar que Kate Winslet é sempre Kate Winslet...
ABRIL:
- 2 no cinema
- 3 em DVD
- 7 na TV
Comentários: Alice 3D foi legalzinho, mas, depois de tanta propaganda e expectativa, acabou sendo meio decepcionante, né?
Gran Torino, em DVD, me fez relembrar porque Clint Eastwood é o cara!
Os Estranhos me deixou morrendo de raiva com aquele final sem pé nem cabeça, e A Outra Face da Raiva, que eu já assisti umas 5 vezes, continua sendo um dos filmes mais, mais... sei lá, um dos filmes que eu mais gosto, mesmo sem saber explicar, ao certo, o porquê disso.
MAIO:
- 2 no cinema
- 1 em DVD
- 6 na TV
Comentários: Nada valha muito à pena...
JUNHO:
- 3 no cinema
- 1 em DVD
- 3 na TV
- 2 no PC
Comentários: Em DVD, eu assisti pela segunda (e última) vez Um Crime Americano. É tão triste e me deixa tão mal só de lembrar que eu prefiro nem escrever sobre ele. É um daqueles filmes que te engolem, te mastigam, e te cospem pra fora, e você não sabe como ser a mesma pessoa de antes, porque ele te muda como ser humano e te faz sentir coisas que você nem sabia que existiam.
Gostei muito de Prayers foi Bobby porque é um filme que nos faz refletir acerca de nossos próprios preconceitos e medos, e nos faz querer mudar o mundo e mudar as pessoas, para que todos consigam ser felizes. Ok, é utopia, mas...
JULHO:
- 1 no cinema
- 5 na TV
Comentários: O Escafandro e a Borboleta: perfeito.
AGOSTO:
- 2 no cinema
- 1 em DVD
- 2 na TV
- 1 no PC
Comentários: Não entendi A Origem até hoje, mas achei diferente, criativo e complexo.
Assisti a dois clássicos, O Homem que Sabia Demais e A Órfã, e gostei deles.
SETEMBRO:
- 2 na TV
Comentários: O que eu fiz em setembro que me manteve tão ocupada a ponto de só assistir 2 filmes durante o mês todo??? Enfim... Os dois foram Não se Mova e Maria Cheia de Graça. Ótimos! Mas eu tenho que comentar: a Penelope Cruz é feia MESMO! Sempre achei isso, e depois de vê-la em Não se Mova, passei a ter certeza! Lógico que o dinheiro deu uma melhorada, mas mesmo assim...
OUTUBRO:
- 2 no cinema
- 2 em DVD
- 10 na TV
Comentários: Comer Rezar Amar, apesar de não ser tão bom quanto o livro, é fofo, divertido e fez com que me desse uma vontade enorme de sair pelo mundo comendo e rezando e amando. E isso me basta.
Tropa de Elite 2 não precisa nem de comentários, porque todo mundo já tem uma opinião formada sobre ele, então...
Irina Palm, que eu encontrei por acaso no Tele Cine Cult, me surpreendeu com o enredo. É o tipo de filme "diferente" que eu gosto.
Nossa Vida sem Grace e O Violinista que Veio do Mar também foram agradáveis supresas. Recomendo ;)
NOVEMBRO:
- 1 em DVD
- 8 na TV
Comentários: Revi A Noviça Rebelde com minha mãe, e foi tão mágico e tão simples...
Consegui, pela primeira vez, assistir a Óleo de Lorenzo do começo ao fim, e também conheci um outro clássico, A Princesa e o Plebeu. Audrey Hepburn era linda mesmo...
DEZEMBRO:
- 2 no cinema
-3 em DVD
- 5 na TV
Comentários: Por fim, assisti a Preciosa. Que história trágica é aquela? E que interpretações incríveis!Mas queria ter terminado o filme tão otimista quanto ela...
E foi isso.
Que 2011 seja lotado de filmes pra todos nós ^^

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Para Sempre

"Por que Deus permite que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite, é tempo sem hora,
luz que não apaga quando sopra o vento e chuva desaba,
veludo escondido na pele enrugada, água pura, ar puro, puro pensamento.
Morrer acontece com o que é breve e passa sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça, é eternidade.
Por que Deus se lembra - mistério profundo - de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo, baixava uma lei:
Mãe não morre nunca, mãe ficará sempre junto de seu filho
e ele, velho embora, será pequenino feito grão de milho".

(Carlos Drummond de Andrade)

** Em memória de Dona Hélia.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Wish I'd never grown up

http://www.youtube.com/watch?v=tVvz3V8C9BU

"...To you, everything's funny
You got nothing to regret
I'd give all I have, honey
If you could stay like that

Oh darling don't you ever grow up,
don't you ever grow up
Just stay this little
Oh darling don't you ever grow up,
don't you ever grow up
It could stay this simple
I won't let nobody hurt you
Won't let no one break your heart
No one will desert you
Just try to never grow up
Never grow up

Take pictures in your mind of your childhood room
Memorize what is sounded like what your dad gets home
Remember the footsteps, remember the words said
And all your little brother's favorite songs
I just realized everything I had is someday gonna be gone

Oh I don't wanna grow up
Wish I'd never grown up
Could still be little
Oh I don't wanna grow up
Wish I'd never grown up
It could still be simple..."

** Porque tem sempre uma parte da gente que continua sendo criança pra sempre =)
** Música: Never Grow Up - Taylor Swift

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Algo entre "as voltas que o mundo dá" e "a beleza dos bebês"...

"Conheci" (por fotos) um bebê que chegou a esse mundo na semana passada e isso me causou uma mistura de sentimentos. Bons, é claro.
Bebês têm cara de inocência. Eles olham um mundo que ainda não compreendem e a gente acaba também não entendo para o que eles tanto olham, então fica ele ali olhando pra algo que você não sabe o que é, enquanto você olha para ele tentando entender o que nem ele entende e assim vai e vai...
Eu gosto de bebês porque o mundo para eles, apesar de desconhecido, é bem simples também. Eles choram porque tão com fome ou dor ou porque querem colo. Eles comem quando querem, dormem quando querem, e conseguem amolecer o mais duro dos corações quando simplesmente resolvem dar uma risada gostosa.
Bebês não entendem quase nada. Ou entendem quase tudo, porque a simplicidade e a inocência que eles têm, jamais terão de novo.
Porque bebês crescem, e se tornam crianças, que também têm sua magia e beleza próprios, mas isso já é assunto pra outro post.
Mas acontece que esse bebê em particular (o que conheci pelas fotos) me fez pensar em como o tempo passou. Às vezes rápido demais, às vezes devagar demais, mas passou, e, quando fui perceber, lá se foram 5, 8, 10 anos... E agora meus amigos (com os quais eu ia pra escola e fazia festas de adolescente) estão casando, arrumando super empregos, ou tendo filhos...
Sim, meus amigos estão tendo filhos!! Meu Deus, como tô velha! Como eles estão velhos também!
Pois é, e foi aquele bebê fofo que me faz cair na real.
Não que envelhecer seja ruim, nem bom, é só a constatação de que o tempo passou. E passou.
E agora estamos aqui, casando e tendo filhos. Mas não eu, claro...
PuF! O tempo passou. E agora é tarde demais para certas coisas. E cedo demais para outras tantas...
Sei lá, somos adultos, mas cadê a magia disso?

domingo, 4 de julho de 2010

Ah se a gente soubesse...


Ouvi duas músicas hoje que tratavam sobre um mesmo tema: fórmulas, receitas...
É nisso que penso agora enquanto escrevo. Queria ter tais fórmulas. De amar e de esquecer também. Será que existem?
Depois de pensar muito, refletir e imaginar, cheguei à incrível conclusão de que elas existem sim, mas que variam de uma pessoa para a outra. Ou seja, eu tenho que criar minhas próprias fórmulas, de amar e de esquecer, porque as fórmulas que já existem, criadas por outra pessoas que amam outras pessoas, todas elas não servem para mim.
Acho que a gente já devia nascer sabendo disso. Que no exato momento que a gente saísse da barriga de nossas mães, que saísse junto um manual com todas as fórmulas que um dia precisaríamos. Assim, para o nosso primeiro beijo lá estaria escrita uma fórmula de como fazer, do que não fazer. Uma fórmula de como aproveitar momentos perfeitos. De como fazermos amigos especiais. De como educar bem nossos próprios filhos. Fórmula para achar a profissão perfeita. Uma fórmula de conquista, de matar a saudade também. Uma fórmula para sabermos amar, e também para sabermos esquecer.
Enfim, devíamos nascer sabendo. Amar e depois “desamar”. Querer e depois esquecer. Fórmula sobre como desistir. E não sofrer. Ou até sofrer, uma fórmula de como sofrer, então.
Mas não é assim, claro. A gente aprende à medida que vai vivendo.
Então, talvez, essa seja a única grande fórmula que o mundo nos dá de presente: aprender que só se aprende na prática o que teoria nenhuma é capaz de conseguir explicar.

sábado, 19 de junho de 2010

Adeus, Orkut.

Se tem alguma coisa que aprendi nesses 9 meses fazendo análise (ou tentando fazer) é que o mundo não vai mudar, pelo menos não mudar o que eu quero que mude. As coisas idem. As pessoas então...
Aprendi que eu, sim, posso mudar. Mas, antes, preciso saber quem eu sou agora. Quem eu já sou e por que sou, para, depois, quem sabe, conseguir ser algo diferente disso.
Mudar o que quero mudar. Mudar o que preciso mudar. Mudar pra melhor, ou pra pior, nunca se sabe...
Mudar.
Venho pensando muito nesse verbo desde a última vez que, de fato, posso afimar que mudei. Mas mudei de cidade, casa, estado...
Eu encarei esse tipo de mudança (de espaço físico, de lugar, ambiente) desde que me entendo por gente. Talvez por isso antes eu só pensasse nesse jeito de mudar.
Eu odiava mudar. Eu amava mudar. E daí eu era obrigada a mudar de novo, e então recomeçava esse cliclo de ódio/amor/ódio/amor...
Pra mim, mudar se resumia a isso. Deixar uma cidade e ir pra outra. Deixar meus amigos e fazer outros novos. Mudar de escola. Mudar de vida. Levou um tempão pra eu, enfim, deixar de pensar nisso e passar a pensar no outro tipo de mudança, o tipo bem mais importante e fundamental.
Primeiro, parei de mudar de cidade, depois, parei de mudar de casa. Agora tenho o meu quarto, com uma parede pintada de rosa pink, do jeito que nunca tive. Agora eu tenho móveis pregados na parede, que jamais precisarão ser arrancados e colocados num outro quarto de uma outra casa. É tudo meu, "pra sempre".
Parece ridículo dar tanto valor a uma coisa tão banal quanto uma parede colorida (rosa!) ou móveis que não podem ser tirados do lugar, mas, pra quem nunca teve nada parecido, é algo realmente importante.
Já rodei muito chão até chegar aqui com minha parede rosa. São 22 anos de muita história e, principalmente, de muitas mudanças.
Durante esses 9 meses que venho fazendo análise (ou, repito, tentando fazer...) eu já aprendi outras coisas, sim, mas isso de mudar, pra mim, é o mais importante. Foi pra isso que eu marquei minha primeira consulta com a tal psicóloga Regina, e foi por isso que eu estou aqui hoje.
Para mudar.
Dizem que a gente deve começar, que não devemos ir com pressa, porque o mais importante é o processo em si, a caminhada rumo à mudança. Bem, é o que dizem... Será que quem fala disso realmente já mudou?
Não sei se isso realmente importa, isso de ir devagar ou não, acho que o importante é ir. Dar o primeiro passo, e depois o segundo, e daí não interessa se você vai andando feito uma lesma ou se você corre feito um leão com fome. O que importa é que você está indo...
É o que eu venho fazendo, indo. Não sei ainda para onde, mas para algo diferente do que me deparo agora, e nada disso tem a ver com mudar de cidade ou de casa, de abandonar a parede rosa ou resolver pintá-la de cor-de-burro-quando-foge.
Eu quero é mudar de mim mesma, para, então, realmente me encontrar.
Tá... e daí quem tá lendo isso vai se perguntar: e o que essa história toda tem a ver com o título do post? Pois é, vejam bem...
Eu me considero uma viciada em internet. Eu tenho MSN, Skype, Facebook, Twitter, ICQ (mesmo não usando, eu ainda tenho!!!!) e, claro, eu tenho Orkut. Mas não posso dizer que isso me fez mal durante todos esses anos.
Eu fiz amigos por meio da internet. Eu conheci pessoas que jamais conheceria se o mundo virtual não existisse. São pessoas importantes e especiais, e eu sou grata por isso.
A internet não é o bicho-papão que fará mal a nossas criancinhas e que destruirá lares perfeitos, vidas maravilhosas etc. Quem faz isso são as pessoas que a usam, e não o contrário!
Não deixo de viver minha vida só para poder estar on-line. Pelo contrário, eu vivo mais a minha vida justamente por ter minha wireless funcionando, sempre à minha espera. Mas até isso vai mudar.
Não sei ainda os reais motivos, ou até saiba, mas não sei explicá-los, então melhor resumir dizendo que chegou a hora. Vou ter que abrir mão de algumas coisas para poder abrir espaço para outras coisas novas e, com sorte, coisas melhores.
Portanto, adeus, Orkut.
Ele existe desde fevereiro de 2006. Foram 15.839 visitas
Minha sorte de hoje é: Envelhecer não é tão ruim quando se pensa nas alternativas (Sorte? Isso parece mais um epitáfio ou o lema do depressivo--com-medo-da-morte!)
Tenho 441 fotos, divididas em 12 álbums. Adoro cada uma delas.
59 fãs (Fãs? Eu sou uma popstar e não sabia?)
1225 mensagens (que, até hoje, não entendi porque existem, afinal, ninguém lê aquilo!)
169 amigos (sendo que a maior parte deles nem amigos são!)
290 comunidades (escolhi cada uma delas a dedo, acreditem ou não!)
101 vídeos favoritos, que me farão muita falta.
Ah! Tenho 0 recados, porque faz tempo que aderi à modinha de apagar depois de lê-los.

E é isso. Tudo vai deixar de existir daqui alguns minutos.
Tentei rever cada uma das minhas fotos, mas percebi que são só fotos, que provavelmente todas elas já estou no meu notebook ou em outro pc e, caso não estejam, são realmente só fotos, não são os momentos que poderão ser vividos toda vez que eu olhar pra elas. São só lembranças, e lembranças são guardadas de um jeito melhor dentro da nossa cabeça ou do nosso coração.
Tentei assistir de novo a todos meus vídeos favoritos, mas só uma doida como eu teria 101 vídeos FAVORITOS! Sim, eu amo música, talvez isso explique tal exagero. Mas pelo menos consegui rever (e ouvir) alguns, e daí me toquei que eles continuarão existindo no youtube, e lá eu vou poder revê-los até enjoar.
Pensei em deixar meus últimos scraps, scraps "de adeus", mas isso seria brega demais.
Vi todos os 169 amigos que tenho, percebi que amigos MESMO são poucos, e que estes já estão no meu MSN ou Facebook ou... e daí relaxei, até porque eu não vou perder meus amigos só porque decidi assassinar meu Orkut, né? Né????
Acho que uma das coisas que vai piorar com esse assassinato é o fato de que agora não vou conseguir lembrar mais dos aniversários. Eu sou péssima em decorar datas e sei que muita gente vai jogar na minha cara que eu esqueci o aniversário delas e blá blá blá, mas já tenho a frase perfeita pra dizer quando isso acontecer: "Aposto que você também esqueceria meu aniversário se o Orkut não te lembrasse disso, né?"
Revi os nomes de algumas das comunidades e percebi o quanto alguns são realmente criativos. E o quanto elas conseguem me descrever como pessoa. Tenho as de signo, passando por de poesia, séries, filmes, comida, amor, amizade, manias, gostos, desgostos, frases bonitas, música, arte, jornalismo, família, auto-ajuda, literatura etc. Eu sou tão complexa e interessante assim???
Por fim, ao fazer tudo isso, percebi que essa era minha despedida. É assim que quero dizer tchau, apenas revendo e lembrando e aceitando.
A vida muda, quando a gente quer. Dá trabalho, mas talvez depois compense.
Eu quero mudar, eu preciso mudar. Eu estou mudando. Seria simples, se não fosse tão complicado.
Meu orkut era como um filho pra mim. Que exagero, não? Ok, ok... Então ele era como o meu bichinho virtual (daqueles que um dia foram moda, que a gente tinha que alimentar mil vezes por dia, e dar remédio e todas aquelas coisas inúteis senão eles morriam, lembram????), e foi assim que eu cuidei do meu bichinho chamado Orkut. Cuidei bem, mas, no fim, quem vai acabar matando o coitado é a própria dona dele.
Acho que já vai tarde. Pow, mais de 4 anos me dedicando a isso? A ISSO?
Tá, não vou cuspir no prato que tanto comi. Foi bom, foi útil, até que deixou de ser. Ponto final.
Eu sei que vai fazer falta. Sei que vou esquecer várias vezes de que ele não existe mais, e daí vou sem querer entrar no www.orkut.com e daí vou lembrar desse assassinato e... e vou seguir em frente.
Há vida pós-orkut, assim como há vida pós todas as coisas que não sejam a nossa própria existência.
Com sorte, será uma pós-vida com menos estresse, menos curiosidade em relação à vida dos outros. Uma vida menos paranóica, menos obcecada, e com uma palavrinha chamada paz.
É o que acho disso: que estou me libertando. E, se depois tudo der errado, eu sempre vou poder criar um novo Orkut, né?
Vamos lá... Um último F5 só pra não perder o costume...
The end.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Fragmento

"O problema é que...
Andei pensando na minha vida, na gente, em tudo, e acabei percebendo que você é hoje o centro da minha vida, como se você fosse meu tudo, como se representasse tudo. Até aí tudo bem, porque, afinal, muita gente nasce mesmo para amar um outro alguém, para fazer desse outro alguém a pessoa mais importante do mundo. O problema não é esse.
O problema é que...
E se você morrer? Se você me largar? Se você for embora? Se uma dessas coisas possíveis - e prováveis - acontecer, o que vai ser de mim? E é por isso que você não pode ser meu tudo, não quando eu não sou tudo para você. Porque se qualquer uma dessas coisas acontecer, talvez não hoje, mas amanhã ou depois, se algo assim acontecer, eu vou ficar sem nada. Ou melhor, vou achar que fiquei sem nada, porque não consigo enxergar todas as outras coisas que tenho além de você.
Não consigo enxergar nada mais, agora que você é meu tudo.
Por isso, meu amor, é que a partir de hoje isso vai mudar.
Você não é mais meu tudo...
Mesmo sendo - vou ser bem sincera - agora meu quase tudo".