quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Para Sempre

"Por que Deus permite que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite, é tempo sem hora,
luz que não apaga quando sopra o vento e chuva desaba,
veludo escondido na pele enrugada, água pura, ar puro, puro pensamento.
Morrer acontece com o que é breve e passa sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça, é eternidade.
Por que Deus se lembra - mistério profundo - de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo, baixava uma lei:
Mãe não morre nunca, mãe ficará sempre junto de seu filho
e ele, velho embora, será pequenino feito grão de milho".

(Carlos Drummond de Andrade)

** Em memória de Dona Hélia.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Wish I'd never grown up

http://www.youtube.com/watch?v=tVvz3V8C9BU

"...To you, everything's funny
You got nothing to regret
I'd give all I have, honey
If you could stay like that

Oh darling don't you ever grow up,
don't you ever grow up
Just stay this little
Oh darling don't you ever grow up,
don't you ever grow up
It could stay this simple
I won't let nobody hurt you
Won't let no one break your heart
No one will desert you
Just try to never grow up
Never grow up

Take pictures in your mind of your childhood room
Memorize what is sounded like what your dad gets home
Remember the footsteps, remember the words said
And all your little brother's favorite songs
I just realized everything I had is someday gonna be gone

Oh I don't wanna grow up
Wish I'd never grown up
Could still be little
Oh I don't wanna grow up
Wish I'd never grown up
It could still be simple..."

** Porque tem sempre uma parte da gente que continua sendo criança pra sempre =)
** Música: Never Grow Up - Taylor Swift

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Algo entre "as voltas que o mundo dá" e "a beleza dos bebês"...

"Conheci" (por fotos) um bebê que chegou a esse mundo na semana passada e isso me causou uma mistura de sentimentos. Bons, é claro.
Bebês têm cara de inocência. Eles olham um mundo que ainda não compreendem e a gente acaba também não entendo para o que eles tanto olham, então fica ele ali olhando pra algo que você não sabe o que é, enquanto você olha para ele tentando entender o que nem ele entende e assim vai e vai...
Eu gosto de bebês porque o mundo para eles, apesar de desconhecido, é bem simples também. Eles choram porque tão com fome ou dor ou porque querem colo. Eles comem quando querem, dormem quando querem, e conseguem amolecer o mais duro dos corações quando simplesmente resolvem dar uma risada gostosa.
Bebês não entendem quase nada. Ou entendem quase tudo, porque a simplicidade e a inocência que eles têm, jamais terão de novo.
Porque bebês crescem, e se tornam crianças, que também têm sua magia e beleza próprios, mas isso já é assunto pra outro post.
Mas acontece que esse bebê em particular (o que conheci pelas fotos) me fez pensar em como o tempo passou. Às vezes rápido demais, às vezes devagar demais, mas passou, e, quando fui perceber, lá se foram 5, 8, 10 anos... E agora meus amigos (com os quais eu ia pra escola e fazia festas de adolescente) estão casando, arrumando super empregos, ou tendo filhos...
Sim, meus amigos estão tendo filhos!! Meu Deus, como tô velha! Como eles estão velhos também!
Pois é, e foi aquele bebê fofo que me faz cair na real.
Não que envelhecer seja ruim, nem bom, é só a constatação de que o tempo passou. E passou.
E agora estamos aqui, casando e tendo filhos. Mas não eu, claro...
PuF! O tempo passou. E agora é tarde demais para certas coisas. E cedo demais para outras tantas...
Sei lá, somos adultos, mas cadê a magia disso?

domingo, 4 de julho de 2010

Ah se a gente soubesse...


Ouvi duas músicas hoje que tratavam sobre um mesmo tema: fórmulas, receitas...
É nisso que penso agora enquanto escrevo. Queria ter tais fórmulas. De amar e de esquecer também. Será que existem?
Depois de pensar muito, refletir e imaginar, cheguei à incrível conclusão de que elas existem sim, mas que variam de uma pessoa para a outra. Ou seja, eu tenho que criar minhas próprias fórmulas, de amar e de esquecer, porque as fórmulas que já existem, criadas por outra pessoas que amam outras pessoas, todas elas não servem para mim.
Acho que a gente já devia nascer sabendo disso. Que no exato momento que a gente saísse da barriga de nossas mães, que saísse junto um manual com todas as fórmulas que um dia precisaríamos. Assim, para o nosso primeiro beijo lá estaria escrita uma fórmula de como fazer, do que não fazer. Uma fórmula de como aproveitar momentos perfeitos. De como fazermos amigos especiais. De como educar bem nossos próprios filhos. Fórmula para achar a profissão perfeita. Uma fórmula de conquista, de matar a saudade também. Uma fórmula para sabermos amar, e também para sabermos esquecer.
Enfim, devíamos nascer sabendo. Amar e depois “desamar”. Querer e depois esquecer. Fórmula sobre como desistir. E não sofrer. Ou até sofrer, uma fórmula de como sofrer, então.
Mas não é assim, claro. A gente aprende à medida que vai vivendo.
Então, talvez, essa seja a única grande fórmula que o mundo nos dá de presente: aprender que só se aprende na prática o que teoria nenhuma é capaz de conseguir explicar.

sábado, 19 de junho de 2010

Adeus, Orkut.

Se tem alguma coisa que aprendi nesses 9 meses fazendo análise (ou tentando fazer) é que o mundo não vai mudar, pelo menos não mudar o que eu quero que mude. As coisas idem. As pessoas então...
Aprendi que eu, sim, posso mudar. Mas, antes, preciso saber quem eu sou agora. Quem eu já sou e por que sou, para, depois, quem sabe, conseguir ser algo diferente disso.
Mudar o que quero mudar. Mudar o que preciso mudar. Mudar pra melhor, ou pra pior, nunca se sabe...
Mudar.
Venho pensando muito nesse verbo desde a última vez que, de fato, posso afimar que mudei. Mas mudei de cidade, casa, estado...
Eu encarei esse tipo de mudança (de espaço físico, de lugar, ambiente) desde que me entendo por gente. Talvez por isso antes eu só pensasse nesse jeito de mudar.
Eu odiava mudar. Eu amava mudar. E daí eu era obrigada a mudar de novo, e então recomeçava esse cliclo de ódio/amor/ódio/amor...
Pra mim, mudar se resumia a isso. Deixar uma cidade e ir pra outra. Deixar meus amigos e fazer outros novos. Mudar de escola. Mudar de vida. Levou um tempão pra eu, enfim, deixar de pensar nisso e passar a pensar no outro tipo de mudança, o tipo bem mais importante e fundamental.
Primeiro, parei de mudar de cidade, depois, parei de mudar de casa. Agora tenho o meu quarto, com uma parede pintada de rosa pink, do jeito que nunca tive. Agora eu tenho móveis pregados na parede, que jamais precisarão ser arrancados e colocados num outro quarto de uma outra casa. É tudo meu, "pra sempre".
Parece ridículo dar tanto valor a uma coisa tão banal quanto uma parede colorida (rosa!) ou móveis que não podem ser tirados do lugar, mas, pra quem nunca teve nada parecido, é algo realmente importante.
Já rodei muito chão até chegar aqui com minha parede rosa. São 22 anos de muita história e, principalmente, de muitas mudanças.
Durante esses 9 meses que venho fazendo análise (ou, repito, tentando fazer...) eu já aprendi outras coisas, sim, mas isso de mudar, pra mim, é o mais importante. Foi pra isso que eu marquei minha primeira consulta com a tal psicóloga Regina, e foi por isso que eu estou aqui hoje.
Para mudar.
Dizem que a gente deve começar, que não devemos ir com pressa, porque o mais importante é o processo em si, a caminhada rumo à mudança. Bem, é o que dizem... Será que quem fala disso realmente já mudou?
Não sei se isso realmente importa, isso de ir devagar ou não, acho que o importante é ir. Dar o primeiro passo, e depois o segundo, e daí não interessa se você vai andando feito uma lesma ou se você corre feito um leão com fome. O que importa é que você está indo...
É o que eu venho fazendo, indo. Não sei ainda para onde, mas para algo diferente do que me deparo agora, e nada disso tem a ver com mudar de cidade ou de casa, de abandonar a parede rosa ou resolver pintá-la de cor-de-burro-quando-foge.
Eu quero é mudar de mim mesma, para, então, realmente me encontrar.
Tá... e daí quem tá lendo isso vai se perguntar: e o que essa história toda tem a ver com o título do post? Pois é, vejam bem...
Eu me considero uma viciada em internet. Eu tenho MSN, Skype, Facebook, Twitter, ICQ (mesmo não usando, eu ainda tenho!!!!) e, claro, eu tenho Orkut. Mas não posso dizer que isso me fez mal durante todos esses anos.
Eu fiz amigos por meio da internet. Eu conheci pessoas que jamais conheceria se o mundo virtual não existisse. São pessoas importantes e especiais, e eu sou grata por isso.
A internet não é o bicho-papão que fará mal a nossas criancinhas e que destruirá lares perfeitos, vidas maravilhosas etc. Quem faz isso são as pessoas que a usam, e não o contrário!
Não deixo de viver minha vida só para poder estar on-line. Pelo contrário, eu vivo mais a minha vida justamente por ter minha wireless funcionando, sempre à minha espera. Mas até isso vai mudar.
Não sei ainda os reais motivos, ou até saiba, mas não sei explicá-los, então melhor resumir dizendo que chegou a hora. Vou ter que abrir mão de algumas coisas para poder abrir espaço para outras coisas novas e, com sorte, coisas melhores.
Portanto, adeus, Orkut.
Ele existe desde fevereiro de 2006. Foram 15.839 visitas
Minha sorte de hoje é: Envelhecer não é tão ruim quando se pensa nas alternativas (Sorte? Isso parece mais um epitáfio ou o lema do depressivo--com-medo-da-morte!)
Tenho 441 fotos, divididas em 12 álbums. Adoro cada uma delas.
59 fãs (Fãs? Eu sou uma popstar e não sabia?)
1225 mensagens (que, até hoje, não entendi porque existem, afinal, ninguém lê aquilo!)
169 amigos (sendo que a maior parte deles nem amigos são!)
290 comunidades (escolhi cada uma delas a dedo, acreditem ou não!)
101 vídeos favoritos, que me farão muita falta.
Ah! Tenho 0 recados, porque faz tempo que aderi à modinha de apagar depois de lê-los.

E é isso. Tudo vai deixar de existir daqui alguns minutos.
Tentei rever cada uma das minhas fotos, mas percebi que são só fotos, que provavelmente todas elas já estou no meu notebook ou em outro pc e, caso não estejam, são realmente só fotos, não são os momentos que poderão ser vividos toda vez que eu olhar pra elas. São só lembranças, e lembranças são guardadas de um jeito melhor dentro da nossa cabeça ou do nosso coração.
Tentei assistir de novo a todos meus vídeos favoritos, mas só uma doida como eu teria 101 vídeos FAVORITOS! Sim, eu amo música, talvez isso explique tal exagero. Mas pelo menos consegui rever (e ouvir) alguns, e daí me toquei que eles continuarão existindo no youtube, e lá eu vou poder revê-los até enjoar.
Pensei em deixar meus últimos scraps, scraps "de adeus", mas isso seria brega demais.
Vi todos os 169 amigos que tenho, percebi que amigos MESMO são poucos, e que estes já estão no meu MSN ou Facebook ou... e daí relaxei, até porque eu não vou perder meus amigos só porque decidi assassinar meu Orkut, né? Né????
Acho que uma das coisas que vai piorar com esse assassinato é o fato de que agora não vou conseguir lembrar mais dos aniversários. Eu sou péssima em decorar datas e sei que muita gente vai jogar na minha cara que eu esqueci o aniversário delas e blá blá blá, mas já tenho a frase perfeita pra dizer quando isso acontecer: "Aposto que você também esqueceria meu aniversário se o Orkut não te lembrasse disso, né?"
Revi os nomes de algumas das comunidades e percebi o quanto alguns são realmente criativos. E o quanto elas conseguem me descrever como pessoa. Tenho as de signo, passando por de poesia, séries, filmes, comida, amor, amizade, manias, gostos, desgostos, frases bonitas, música, arte, jornalismo, família, auto-ajuda, literatura etc. Eu sou tão complexa e interessante assim???
Por fim, ao fazer tudo isso, percebi que essa era minha despedida. É assim que quero dizer tchau, apenas revendo e lembrando e aceitando.
A vida muda, quando a gente quer. Dá trabalho, mas talvez depois compense.
Eu quero mudar, eu preciso mudar. Eu estou mudando. Seria simples, se não fosse tão complicado.
Meu orkut era como um filho pra mim. Que exagero, não? Ok, ok... Então ele era como o meu bichinho virtual (daqueles que um dia foram moda, que a gente tinha que alimentar mil vezes por dia, e dar remédio e todas aquelas coisas inúteis senão eles morriam, lembram????), e foi assim que eu cuidei do meu bichinho chamado Orkut. Cuidei bem, mas, no fim, quem vai acabar matando o coitado é a própria dona dele.
Acho que já vai tarde. Pow, mais de 4 anos me dedicando a isso? A ISSO?
Tá, não vou cuspir no prato que tanto comi. Foi bom, foi útil, até que deixou de ser. Ponto final.
Eu sei que vai fazer falta. Sei que vou esquecer várias vezes de que ele não existe mais, e daí vou sem querer entrar no www.orkut.com e daí vou lembrar desse assassinato e... e vou seguir em frente.
Há vida pós-orkut, assim como há vida pós todas as coisas que não sejam a nossa própria existência.
Com sorte, será uma pós-vida com menos estresse, menos curiosidade em relação à vida dos outros. Uma vida menos paranóica, menos obcecada, e com uma palavrinha chamada paz.
É o que acho disso: que estou me libertando. E, se depois tudo der errado, eu sempre vou poder criar um novo Orkut, né?
Vamos lá... Um último F5 só pra não perder o costume...
The end.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Fragmento

"O problema é que...
Andei pensando na minha vida, na gente, em tudo, e acabei percebendo que você é hoje o centro da minha vida, como se você fosse meu tudo, como se representasse tudo. Até aí tudo bem, porque, afinal, muita gente nasce mesmo para amar um outro alguém, para fazer desse outro alguém a pessoa mais importante do mundo. O problema não é esse.
O problema é que...
E se você morrer? Se você me largar? Se você for embora? Se uma dessas coisas possíveis - e prováveis - acontecer, o que vai ser de mim? E é por isso que você não pode ser meu tudo, não quando eu não sou tudo para você. Porque se qualquer uma dessas coisas acontecer, talvez não hoje, mas amanhã ou depois, se algo assim acontecer, eu vou ficar sem nada. Ou melhor, vou achar que fiquei sem nada, porque não consigo enxergar todas as outras coisas que tenho além de você.
Não consigo enxergar nada mais, agora que você é meu tudo.
Por isso, meu amor, é que a partir de hoje isso vai mudar.
Você não é mais meu tudo...
Mesmo sendo - vou ser bem sincera - agora meu quase tudo".

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

"Mas você não está aqui"

Inventei uma "brincadeira" com a Carol, por MSN. Escrevi a frase "Mas você não está aqui" e propus que cade uma de nós escrevesse um texto baseada nela. Tivemos 15 minutos pra fazer isso. E foi nisso que deu o meu texto:
"Mas você não está aqui". Foi nisso que pensei , enquanto dirigia meu carro ontem à noite. Não corria, não tinha pressa. Dirigia como quem dirige numa manhã de verão, como quem dirige um daqueles carros conversíveis de antigamente. Eu teria usado um lenço estampado nos cabelos, mesmo que não houvesse muito vento. Meu carro seria de um azul cor do céu, e no rádio tocaria uma música qualquer, uma música qualquer que eu adorasse. E, mesmo assim, nesse instante mágico e colorido, mesmo assim eu continuaria pensando: “mas você não está aqui”.
É absurdo, eu sei, sentir sua falta a todo instante, a qualquer momento, sentir sua falta mesmo tendo sonhos com um carro da cor do céu, sentir sua falta mesmo usando - em sonho – um lenço colorido para segurar os cabelos longos e ruivos que eu nem tenho. Absurdo sentir sua falta mesmo quando imagino uma outra vida, numa outra época, num outro mundo. Absurdo sentir sua falta mesmo fantasiando um mundo no qual você não existe.
Mas isso deve ser o que todos chamam de amor, não é mesmo?
Ontem à noite pensei em você, e pensei que você não estava comigo, me vendo dirigir meu carro, me pedindo pra dirigir mais rápido, mudando a estação do rádio, sem se importar se eu gostava ou não da música que já estava tocando. Você não estava ali ao meu lado, nem para termos uma briga qualquer, para me fazer chorar, para me deixar com raiva, para me obrigar a dizer que não te amava mais, mesmo que eu soubesse – e você também soubesse – que isso era mentira.
Você não estava ali. E então nem meu carro – que não era conversível , nem azul –, meu cabelos – que jamais serão ruivos – e a música boa que tocava, nada disso teve qualquer sentido. Porque você não estava ali, e de repente eu quis viver no mundo no qual você não existia, só para que sua falta não doesse tanto em mim. Só para que sua falta não me matasse um pouquinho em cada noite que dirijo meu carro, em cada vez que ouço uma música, em cada passo, lembrança, choro ou euforia.
Você não estava ali ontem.
Você não está aqui hoje.
Você vai estar aqui amanhã?

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Cinema 2010


Filmes que estou esperando ansiosamente para ver nesse ano:

1.Sherlock Holmes;

2.Onde Vivem Os Monstros;

3.Amor Sem Escalas;

4. Nine;

5. Invictus;

6. Preciosa;

7. Zumbilândia;

8. Um Olhar do Paraíso;

9. O Lobisomem;

10. Toy Story em 3D;

11.Simplesmente Complicado;

12.Direito de Amar;

13. Ilha do Medo;

14. Tudo Pode Dar Certo;

15. Alice no País das Maravilhas, em 3D;

16. Homem de Ferro 2;

17. Robin Hood;

18. Whip It;

19. Eclipse;

20. Shrek Para Sempre;

21. Harry Potter e as Relíquias da Morte;

22 As Crônicas de Nárnia: A Viagem do Peregrino da Alvorada.